<H1>Afinal, o que é o amor?</H1>

Imagem: pixel__2013

Eu, como muitas pessoas, acredito que maioritariamente as mulheres, sempre associei o amor à felicidade, ao amor romântico, à perfeição, à ausência de dor... Depois de alguma sabedoria, já passados muitos anos da idade adulta, descobri que o amor poderá não ser nada disso. Eventualmente, poderá ser esta sopa utópica, mas misturada com muitos outros ingredientes que não são assim tão saborosos.

Por exemplo, o amor romântico é mesmo como os casais mostram nas redes sociais? Jantares românticos, declarações de amor, passeios à beira mar... É isso o amor? Quem já não teve um amor assim? Correu bem durante algum tempo, talvez 2 anos. Passado esse tempo o encantamento acabou, o conto de fadas transformou-se apenas numa rotina. Esperamos mais uns meses para ver se as coisas melhoram. No fundo, ficamos à espera que a pessoa amada volte a ser o príncipe/princesa do início do romance. Na verdade, sentimos que fomos "enganados". Isto é amor? Poderá ser, se houver vontade de, apesar dos problemas e dificuldades, reatar, lutar para permanecer juntos. Mas na maioria das vezes não existe essa vontade. No entanto, este "lutar para permanecer juntos" não é amor quando é feito para mostrar ao vizinho e à familia que temos uma relação,  quando é feito para provar às massas que somos capazes de construir algo. Esse algo pode ser uma farsa. Infelizmente, o que vejo à minha volta são muitas farsas. 

Por tudo isto acho que o amor, para além de muito complexo, é raro. Talvez com o tempo cada pessoa aprenda a amar melhor, ou seja, a fazer sacrifícios por quem realmente ama, pelas pessoas certas, isto tanto no amor romântico como noutros tipos de amor. Sim, eu disse sacrifícios. Mas atenção, eu não disse tortura. Sacrifícios porque para amar temos sempre que dar um pouquinho de nós: a nossa paciência, o nosso tempo, a nossa compreensão, a nossa compaixão... E custa!! Darmos uma parte de nós custa.

O melhor exemplo para comprovar que amor é sacrifício, é o amor que os pais sentem pelos filhos. Eu não sou mãe, mas sou filha e reconheço todos os sacrifícios que os meus pais fizeram por mim, sem nunca me jogarem nada em cara. Não é isto o amor? Digam-me os pais e as mães com conhecimento de causa.

Se formos conscientes  em relação ao amor verdadeiro (e não aquele do instagram), talvez possamos amar melhor e por mais tempo, quem sabe até eternamente, como nos dizem as "escrituras" da Disney. 

O amor é complexo... E raro... Eu quero amar! Mas será que quero mesmo? Será que quero dar partes de mim que eu própria ainda nem conheço?