O desafio de seres tu próprio

É um verdadeiro desafio, não é? O desafio de seres tu próprio, a força de seres quem és... Isto é sinónimo de deixar para trás pessoas e oportunidades. Como? 

Foto: Matthew Henry

Nunca fui defensora dos "sincericidas", não é porreiro dizer tudo aquilo que se quer... Mas para seres tu próprio não tens que ser assim. Seres tu próprio é seguires os teus valores sem olhar às influências externas. O facto de não falares, de não seres intrometido, nem de evitares magoar os outros com palavras, não anula a avaliação que os outros fazem das tuas atitudes. Nós somos aquilo em que acreditamos. Se és tu próprio defendes e segues aquilo em que acreditas e isso vê-se, mesmo que não fales. E assim, sem entenderes muito bem porquê, perdes amizades, empregos e tantas outras oportunidades. 

A solidão de seguir com o que tu és... A solidão de olhar para trás e perceber que todas as pessoas saltaram do barco... Não é culpa de ninguém, cada um é o que é. Mas... Chega uma altura que te perguntas: será que estou a agir mal? Será que devia mudar? Será que vou ser assim sozinha para sempre? Haverá alguém como eu? Haverá alguém que, mesmo não sendo como eu, me venha a aceitar e respeitar? Será que devo abandonar o meu próprio barco? Será? Será? Será?...

E por aí vai... A convivência com uma luta interna entre valores próprios e a vontade de acompanhar a maré.  Por um lado há o sério risco de seguir sempre junto à solidão... Pelo outro, o risco de viver acompanhada e extremamente infeliz. De qualquer modo, nunca feliz, seja qual for a escolha. 

Se assim é, porque não sermos o que somos? Sós e serenos, ao menos com a certeza de que ao deitar dormimos tranquilos. Talvez esse momento único ao fim do dia seja sinónimo de felicidade. Talvez a felicidade nem seja aquilo que sonhamos e desejamos.  Talvez... Talvez..



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